Esse já é o pior conflito entre Israel e os territórios palestinos
desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Já são mais de 600 palestinos
mortos, incluindo uma centena de crianças.
Como sempre ocorre no
Oriente Médio, os eventos de um país não ocorrem de forma isolada. A
organização terrorista extremista Estado Islâmico, também conhecida por
ISIS, está infiltrada em Gaza, tendo apoiado e incentivado o Hamas a
iniciar o conflito no início de julho.
Enquanto as negociações de
cessar-fogo estão paralisadas, as forças israelenses estão se
mobilizando para uma invasão terrestre potencial do norte e do leste.
Segundo sites especializados, como o Al Monitor, o ISIS está tentando
unir todas as dezenas de facções islâmicas rivais que operam na região,
sob a liderança do califado, que não reconhece as fronteiras políticas.
Seu
desejo, desde o início, é retomar o território que um dia foi do
Império Otomano, eliminando Israel e todos os não muçulmanos. Na Síria e no Iraque eles tem crucificado e decapitado cristãos.
O
Hamas domina a Faixa de Gaza desde 2005, constantemente lançando
foguetes contra Israel. Porém, o grupo terrorista Beit Al-Ansar Maqdis
mudou seu nome para Al Dalwa Al-Islamia, que se traduz como “Estado
islâmico”. No dia 10 de julho, em um vídeo do YouTube esse grupo afirmou
ter lançado foguetes contra a cidade israelense de Bnei Netzarim.
Outro
grupo terrorista, chamado Ansar Al-Dalwa al-Islamia (Defensores do
Estado Islâmico), vangloriou-se na internet de ter lançado seus próprios
foguetes um dia antes. Nos fóruns sobre jihad (guerra santa) mantido
pela ISIS, existem detalhes dos ataques, comprovando que existe uma
ligação entre eles.
Através do Twitter, pessoas que usavam a hashtag #ISIS anunciaram que
estavam próximo de tomar Jerusalém, terceira cidade sagrada mais
importante para o islamismo. No funeral de dois guerrilheiros islamitas
mortos pelas Forças de Defesa de Israel na semana passada em Gaza, havia
pessoas empunhando bandeiras negras e banners com o nome do ISIS.
De
acordo com o jornal egípcio Al-Masry Al-Youm, as forças de segurança do
Egito prenderam 15 terroristas do ISIS que tentaram entrar na Faixa de
Gaza através do Sinai. O relatório oficial afirma que um grupo
terrorista de Gaza ajudou o ISIS a realizar ataques contra civis
egípcios. O que ficou mais evidenciado quando o governo egípcio propôs
um cessar-fogo que foi rejeitado pelo Hamas. Também explicaria que por
ter o apoio financeiro do ISIS, o Hamas pode ignorar também o pedido da
Autoridade Palestina por um cessar-fogo.
O exército bem organizado
do Estado Islâmico alega que tem acesso a armas nucleares e vontade de
usá-las para “libertar” a Palestina de Israel como parte de sua
“Primavera Islâmica”, segundo noticiou meses atrás o site WND.
O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, autoproclamado califa do mundo islâmico,
tem visto sua popularidade crescer na internet, especialmente entre os
jovens muçulmanos. Ao mesmo tempo, o Hamas parece estar perdendo o
controle das dezenas de células jihadistas na Faixa de Gaza. Outro fato
que colabora para isso é o discurso do ISIS de que o Hamas é “muito
moderado” e não está fazendo o suficiente para destruir Israel. Essa
radicalização tem preocupado o governo dos países vizinhos ao conflito,
especialmente o Egito.
Há registros de que em meio aos conflitos
do último mês, ocorreram manifestações de apoio ao ISIS, onde uma
multidão gritava: “Khaybar, Khyabar, Ya Yahud, Jaish Mohamed Saya’ud!”
[Ó judeus, o exército de Maomé vai voltar].
Este é um grito de
guerra que muitos islâmicos gostam de cantar para lembrar os judeus da
história da batalha ocorrida no ano 629, quando Maomé guerreou contra os
judeus de Khaybar, um oásis no noroeste da Arábia. A batalha resultou
na morte de muitos judeus, e as suas mulheres e crianças foram levados
como escravos.
Com informações WND, Al-Monitor, Gatestone Institute e Jerusalém Channel
FONTE:gospelprime.com.br
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