Não poderia deixar de postar um comentário sobre um de tantos absurdos que já, quase, costumeiramente presenciamos. Nesse domingo, no programa "Esquenta" de Regina Casé da rede globo o calderão do inferno vibrou com o "golaço" da ignorância e burrice espiritual proposto por aqueles que estiveram como participantes do programa.
Regina, como se é de esperar de quem quer ver o mundo em "paz", não poderia de ser clara em dizer que é contra "qualquer forma de preconeito religioso", nada de se admirar de quem já é esperado. E a coisa esquenta quando "contratam" uma banda de samba para louvar os orixás do candomblé, o samba invocam todos os demônios do inferno na linguagem africana, e para esquentar regina passa a perguntar aos participantes a qual religião pertence cada um. Um diz que é espírita, outro católico, um "assembléiano" e nisso a apresentadora diz "gente, que coisa linda, essa a cara do Brasil", um outro diz que vai a Assembléia de Deus, outro diz "vou lá" e para concluir o último diz "também vou lá". Nisso a euforia na plateia é constante.
Por fim, para o calderão ficar mais quente ainda chamam Waguinho que já teve suas músicas gravadas por inúmeros sambistas, pagodeiros e grupos de axé. Hoje, as suas letras e seu trabalho estão voltados para a pregação como pastor.
Começa dizendo está sentindo a presença de Deus, entenda-se que a presença de Deus é sentida até no inferno bastando para isso o crente está em comunhão com o Espírito Santo e não, como é o caso, em comunhão com um bando sem visão e que são patrocinados por ateus e ímprobos. Depois do escarcéu que disse, completa dizendo conhecer a mãe-de-santo desde muitos anos e que são amigos. Não há nenhum problema em ser amigos de pessoas de outros credos, contudo as nossas falas são intencionais e num canal de televisão em que todas as luzes focam você, considerando que o programa era esmiuçar o tal "preconceito religioso", não dá para pensar em outra coisa senão no tal do "momento de fama". No fim do quadro, o cantor Wagninho canta uns trechos de samba "gospel" com tudo mundo, e "tudo misturado" é o que o diabo gosta. Católicos, ateus, macumbeiros, evangélicos, qualquer coisa, tudo junto cantando, cada qual ao seu Deus, enquanto Casé dizia "é a cara do brasil. Axé, xangô, Shalon, saravá, A paz..."
O programa foi excelente para ateus e adptos do eucumenismo; realmente foi fantástica a vergonha-nossa-de-cada-dia. Pensemos nisso!
Por Josiel Barros
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