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    sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

    O sequestro do casal



    Certa noite ameaçadora de temporal, um carro velho a beira da estrada com o capô levantado, esperava despretensiosamente pelo reboque. Ao lado de fora, uma mulher de vinte e seis anos, com mão estendida pedia carona. Poucos carros por ali transitavam. Mas uma família vinha de um culto, já ultrapassava às dez horas. Mesmo sabendo do risco que estavam correndo, pararam.
    - Preciso de uma carona – disse rapidamente a moça.
    - Pra onde você vai?
    - Para o posto de gasolina que dista daqui uns oito quilômetros.
    - Bom, passaremos por lá, se quiser ir conosco poderemos te levar.
    A jovem entra no carro.
    - Sou Leidiane, este é meu esposo. É um prazer conhecê-la.
    - Prazer é meu. Sou Jéssica. Mas vocês são casados há quanto tempo?  - Disse ríspida.
    - Doze anos – Disse Marcos.
    - A profissão de vocês? – Pergunta deixando transparecer nervosismo.
    - Somos donos de uma rede de padaria  no nosso estado. Você também é do Piauí? – Interroga Marcos.
    - É, sim, sou.
    Enquanto conversavam levemente o som do carro incomodava Jéssica. Seu espírito estava apavorado. Não dormira deste o dia anterior. Saíra de casa, após fingir seqüestro. Enquanto isso os pais estavam apavorados. Estaria morta, estaria viva, onde será o cativeiro? O que os seqüestradores queriam? Um emaranhado de dúvidas pairava na família que após prestarem um boletim de ocorrência na delegacia do bairro, foram para sua residência, esperar quem sabe Deus pelo pior.
    - Mas o posto está desativado. O que você vai fazer lá?
    - Bom, eu na verdade vou para a casa de minha tia que fica uns trezentos metros do posto mato adentro.
    E a música incomodava. Mas não podia pedir para aquela música parasse de tocar. E estava inchada por dentro. Para seu alívio Marcos desligara o som quando observaram ao longe uma barreira da polícia federal a menos de mil metros do local onde a garota queria ficar. Nesse instante se descontrolara, Leidiane procurava acalmá-la sem sucesso; mas não poderiam desviar da rota, a polícia notaria e ainda mais por que fazer isso se os documentos pessoais e do transporte estavam em dias.
    - Boa noite, o senhor pode sair do carro?
    - Claro. Algum problema?
    - Apenas saia do carro! – Disse o policial.
    Ao sair
    - O senhor está preso!
    Marcos ficou confuso e ao tentar se explicar foi imediatamente algemado, da mesma forma Leidiane. Nisso os pais de Jéssica correm a abraçar a filha dissimulada; encontram-na em prantos, isso deixava os pais mais raivosos a buscar vingança. Quando tudo parecia perdido, o namorado de Jéssica que estava no posto de gasolina vem correndo. Eles tinham combinado um seqüestro-relâmpago. E como parte do plano, ela deixara o celular ligado para que ele do posto de gasolina pudesse ouvir toda a conversar. Enquanto Jéssica escavava a vida do casal, o rapaz fora tocado pelos hinos que enchiam o carro. O rapaz esclareceu tudo a polícia. O casal foi imediatamente solto enquanto Jéssica fazia um escarcéu, xingando a todos.
    MORAL DA HISTÓRIA:
    Mesmo quando são seqüestrados nossos direitos, temos um Libertador Fiel que faz o impossível.
    Por: Josiel Barros
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