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    terça-feira, 12 de outubro de 2010

    Pedofilia na igreja: o pecado da omissão

    Há pelo menos uma década, os crimes de abusos sexuais dos padres católicos são denunciados no mundo inteiro. Nos últimos dias as manchetes foram inundadas com escândalos sobre pedofilia na Igreja. As denúncias chegam da Irlanda, Holanda, Itália, Áustria, Estados Unidos, França, Nova Zelândia, Canadá …
    A principal estratégia da Igreja, até então, era manter as denúncias circunscritas ao local onde acontecem e de alegar que as denúncias são uma tentativa de atingir politicamente a imagem da religião e assim prejudicar a Igreja. Mas, as ações efetivas de coibir e punir os culpados foram apenas de transferir os padres sob suspeita de pedofilia para outras paróquias e estes retornaram tranquilamente ao seu trabalho pastoral.  A Santa Fé nega que tenha acobertado os casos, mas até mesmo o papa Bento 16 foi envolvido nas brumas dos escândalos por negligência e pela denúncia do envolvimento de seu irmão. Por outro lado, a indústria da indenização tem gerado ações de valores astronômico, que podem representar um rombo nas finanças do Vaticano.

    Recentemente, foram reveladas pela Agência Associated Press, correspondências do Vaticano que mostram que a igreja esperou mais de uma década para remover um sacerdote pedófilo de sua paróquia, mesmo depois do bispo do Estado do Arizona (EUA), Manuel Moreno, ter implorado ao futuro papa Bento 16, então comandante da Congregação para a Doutrina da Fé, para que tomasse uma decisão. O então cardeal Joseph Ratzinger disse ao bispo, em 1992, que estava assumindo o caso. Cinco anos mais tarde, Moreno escreveu outra carta pedido urgência, mas o sacerdote só foi removido de suas funções em 2004.

    Informes sobre pedofilia na Igreja Irlandesa, concluídos em maio e em novembro de 2009, revelaram que ao menos 15 mil crianças e adolescentes foram vítimas de abusos físicos e sexuais ao longo dos últimos 60 anos em escolas e instituições correcionais católicas. Os relatórios não foram capazes de provocar no papa a reação imediata como a que aconteceu agora, quando surgiram as acusações de pedofilia na Alemanha e que o nome de seu irmão, o monsenhor aposentado Georg Ratzinger, foi citado.

    Embora, o Vaticano tenha se esforçado em desvincular o nome do papa de todo esse lamaçal de denúncias, a ministra da Justiça da Alemanha, Sabine Leutheusser-Schnarreberger, engrossou o coro ao acusar Bento XVI de ser um dos responsáveis pelo “muro de silêncio” construído em torno da pedofilia. Ela citou um documento secreto que obriga sob pena de excomunhão todos os envolvidos nos processos de abuso sexual a manter sigilo absoluto.

    Publicado por Kakao em Atualidades, História, Psicologia & Comportamento
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    FONTE: Isto É, Carta Capital, Veja
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