Era o ano de 2004, quando na escola dominical, na sala dos adolescentes apareceu um rapaz, eu não o conhecia, e a lição do dia falava sobre a Segurança em Deus. Após o término da lição, o porteiro da igreja Assembléia de Deus - Parnaíba, congregação em Tremembés, me falou que ele era seu neto. Só então soube que um adolescente viciado, participante de gangue e que por um homicídio todas as noites dormia na prisão; ele amanheceu naquele domingo impaciente, então tomou a decisão de ir à EBD. Ao ouvir isso fiquei feliz por ele ter vindo ao local certo.
Seu avô me convidou para eu ir pregar para ele à tarde, exatos 5h. Marquei, então fui. Ao chegar não o encontrei, mas seus parentes falaram que ele queria me ouvir e que sua retorno seria breve. Resolvi esperar um pouco mais, entretanto como estava ficando tarde, tomei novamente a decisão de ir embora, mas não consegui. Em pouco tempo ele chegou. Eu preguei a Palavra de Deus por uns dez minuto e fiz o convite para que ele se entregasse a Cristo, ele O aceitou, oramos por ele. Fui embora. Na segunda- feira, as 3h25min da tarde, recebi a notícia que ele fora banhar em um rio da região e afogou-se. Sua morte me deixou perplexo. Como pode um garoto tão jovem ter morrido tão prematuramente? Durante o velório as pessoas quase chegaram a me elogiar pela pregação que fiz para ele, mas aquela morte me incomodava. Praticamente não convessei com seus familiares. Quatro dias depois seu avô me contara o que houvera acontecido com seu neto.
Quando saí de sua casa no domingo, ele fora diretamente pedi desculpas a um jovem com quem era intrigado, no caminho alguém lhe oferecera um cigarro e sua resposta "Não! Agora sou um crente". Na prisão à noite pregara para um detento que o prometera ir à igreja quando saísse da prisão. Na escola pela manhã da segunda deu um abraço na sua professora e disse novamente que "sou um crente", os relatos da professora emocionada aos seus familiares os confortavam; a professora comentou que seu comportamento mudara repentinamente; ele não era de rir, mas naquele dia ele ria e confessava com os demais alunos. Quando ouvi isso glorifiquei ao Senhor Deus, entendi que Ele nos ama com um amor eterno, a ponto de fazer o impossível para estarmos juntos dEle. Foi um momento muito importante para mim, pois aprendi na prática que não importa os contratempos e as tristezas dessa vida, Ele nunca nos abandonará. Louvado seja Deus.
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