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    quinta-feira, 27 de junho de 2013

    Pregador, salva a ti mesmo!

    Pregador, salva a ti mesmo!

    “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres, porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” I Tm 4.16

    Não vou pregar a pregadores, mas apenas sugerir algumas condições sob as quais poderão apossar-se da salvação prometida nesse texto.

    1. Cuida em ser constrangido pelo amor a pregar o evangelho, como o foi Cristo a providenciar um evangelho.

    2. Cuida em ter o revestimento especial de poder do alto, pelo batismo do Espírito Santo.

    3. Cuida em ler a vocação, não apenas da cabeça, mas do coração, para empreenderes a pregação do evangelho. Com isso quero dizer: së cordial e intensamente inclinado a buscar a salvação de almas como a grande missão da tua vida; e não empreendas aquilo a que teu coração não te impelir.

    4. Mantém constantemente a comunhão íntima com Deus.

    5. Faze da Bíblia o teu Livro dos livros. Estuda-a nuito, de joelhos, esperando iluminação divina.

    6. Acautela-te de depender dos comentários. Consulta-os quando convier: porém julga pot ti mesmo. à luz do Espírito Santo.

    7. Guarda-te puro — em propósito, em pensamento, em sentimento, em palavras e em ações.

    8. Contempla a culpa dos pecadores e o perigo que correm, para que se intensifique teu zelo pela sua salvação.

    9. Também pondera profundamente e demora-te diante do infinito amor e compaixão de Cristo por eles.

    10. Ama-os de tal modo a estares pronto a morrer por eles.

    11. Dedica os esforços da tua mente ao estudo de meios e modos de salvá-los. Faze disso o grande e intensivo estudo da tua vida.

    12. Recusa-te a ser desviado dessa obra. Guarda-te contra toda tentação que arrefeça teu interesse nela.

    13. Crê na afirmação de Cristo, de que ele está contigo nessa obra sempre e em todo lugar, para dar-te todo o auxílio necessário.

    14. “O que ganha almas é sábio”: e “se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera: e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé”. Lembra-te, portanto, que tens a obrigação de possuir a sabedoria que ganhará almas para Cristo.

    15. Sendo chamado por Deus para a obra, faze dessa tua vocação o argumento constante junto a Deus, para dele obteres tudo que precisares para a execução da obra.

    16. Sê diligente e laborioso, “a tempo e fora de tempo”.

    17. Conversa muito com todas as classes dos teus ouvintes sobre a questão da salvação, a fim de compreenderes suas opiniões, erros e necessidades. Verifica seus preconceitos, sua ignorância, seu humor, seus hábitos e tudo mais que precisares saber a fim de adaptares tua instrução às suas necessidades.

    18. Cuida em que teus próprios hábitos sejam corretos em todo sentido; que sejas temperado em todas as cousas: livre da mancha ou odor do fumo, do álcool, das drogas, de tudo que terias motivo para envergonhar-te e que sirva de tropeço a outros.

    19. Não sejas “de mente leviana,” antes “põe o Senhor continuamente diante de ti”.

    20. Controla bem tua lingua e não te dês a conversas frívolas e sem proveito.

    21. Deixa sempre que o povo observe que o tratas com a mais absoluta seriedade tanto no púlpito como fora dele: e não permitas que o convívio diário com as pessoas neutralize tua mensagem no domingo.

    22. Resolve “nada saber” entre teu povo “senão a Jesus e este crucificado”: e deixa claro que, na qualidade de embaixador de Cristo, teus negócios com eles dizem respeito inteiramente é salvação da alma.

    23. Tem cuidado de ensiná-los não sá por preceito mas também pelo exemplo. Pratica tu mesmo o que pregas.

    24. Tem cuidado especial no relacionamento com o sexo feminino, a fim de jamais levantares pensamento ou desconfiança da menor impureza em ti mesmo.

    25. Vigia os teus pontos fracos. Se fores por natureza dado a jovialidade e brincadeiras, vigia ocasiões de falha nesse setor.

    26. Se fores por natureza carrancudo e insocáivel, vigia contra o mau humor e a insociabilidade.

    27. Evita toda a afetação e fingimento. Sê aquilo que professas ser, e não serás tentado a “fazer de conta”.

    28. Que a simplicidade, a sinceridade e a correção cristã, assinalem toda a tua vida.

    29. Passa muito tempo, diariamente pela manhã e à noite, em oração e comunhão direta com Deus. Isso te trará poder para a salvação. Não há erudição nem estudo que compense a perda dessa comunhão. Se deixares de manter comunhão com Deus, “te enfraquecerás e serás como qualquer outro homen”.

    30. Acautela-te do erro que afirma não haver participação do homem na regeneração nem, por conseguinte, ligação entre esta participação e o resultado final, ou seja, a regeneração da alma.

    31. Compreende que a regeneração é uma transformação também moral e, portanto, voluntária.

    32. Compreende que o evangelho se destina a transformar o coração dos homens, e, apresentando-o sabiamente, podes contar com a cooperação eficiente do Espírito Santo.

    33. Na escolha e no tratamento dos textos para teus sermões, procura sempre a orientação direta do Espírito Santo.

    34. Que todos os teus sermões sejam do coração e não apenas da cabeça.

    35. Prega à base da experiência, e não pot ouvires dizer, nem apenas pela leitura e estudo.

    36. Apresenta sempre o assunto que o Espírito Santo põe no teu coração para a ocasião. Lança mão dos pontos que o Espírito apresentar à tua mente, e apresenta-os tão diretamente quanto possível à congregação.

    37. Entrega-te à oração sempre que fores pregar, e vai do aposento para o púlpito com o gemidos íntimos do Espírito procurando expressão nos teus lábios.

    38. A tua mente deve estar plenamente imbuída do assunto, de maneira que este esteja procurando expressão: abre a boca e deixa as palavras saírem como torrente.

    39. Vê que não esteja sobre ti o “temor do homem que arma um laço”. Deixa o povo compreender que temes muito a Deus para temê-los.

    40. Não deixes nunca que a tua popularidade com o povo tenha influência sobre a tua pregação.

    41. Não deixes nunca que a questão de salário te detenha de “declarar todo o conselho de Deus”, “quer ouçam quer deixem de ouvir”.

    42. Não contemporizes, para não acontecer perderes a confiança do povo e assim falhares em salválos. Eles não poderão respeitar-te integralmente como embaixador de Cristo, se perceberem que te falta coragem para cumprires o teu dever.

    43. Cuida em te “recomendar à consciência de todo homem, na presença de Deus”.

    44. Não sejas “cobiçoso de torpe ganância”.

    45. Evita toda aparência de vaidade.

    46. Inspira o respeito do povo pela tua sinceridade e sabedoria espiritual.

    47. Não deixes hem de longe que imaginem que possas ser influenciado na pregação por questões de salário maior, menor ou nenhum.

    48. Não dês a impressão de que aprecias uma boa mesa e gostas de ser convidado para jantar; pois isso será um laço para ti e uma pedra de tropeço para eles.

    49. Subjuga o teu corpo, para que, tendo pregado o outros, não yenhas tu mesmo a ser desqualificado.

    50. Vela pelas almas, como quem deve prestar contas a Deus.

    51. Sê diligente no estudo, e instrui cabalmente o povo em tudo que é essencial à salvação.

    52. Jamais bajules os ricos.

    53. Sê particularmente atencioso às necessidades e à instrução dos pobres.

    54. Não te deixes levar à transigência com o pecado pelo suborno de festas beneficientes.

    55. Não te deixes tratar publicamente como mendigo, pois do contrário virás a merecer o desprezo de larga classe dos teus ouvintes.

    56. Repele toda tentativa de fechares a boca a tudo quanto for extravagante, errado ou prejudicial entre o teu povo.

    57. Mantém a tua integridade e independência pastorais, para não cauterizar a consciência, apagar o Espírito Santo e perder a confiança do povo e o favor de Deus.

    58. Sê o exemplo do rebanho: permite que a tua vida ilustre o teu ensino. Lembra-te de que as tuas ações e espírito ensinarão com ainda maior ênfase do que os teus sermões.

    59. Se pregas que os homens devem servir a Deus e ao próximo por amor, cuida em fazer o mesmo e evita tudo que possa dar a impressão de que trabalhas por salário.

    60. Serve ao povo com amor e anima-os a retribuir, não com o equivalente em dinheiro, mas com a retribuição do amor, que proporcionará refrigério tanto a ti como a eles.

    61. Repele toda proposta para angariar fundos para ti ou para o trabalho da igreja junto a homens mundanos, embora sejam solícitos.

    62. Repele as festas e reuniões sociais dispersivas, principalmente nas épocas mais favoráveis a esforços unidos para a conversão de almas a Cristo. Podes estar certo de que o diabo procurará desviar-te nessa direção. Quando estiveres orando e planejando um avivamento da obra de Deus, alguns mundanos da igreja te convidarão a uma festa. Não vás, pois se fores, terás uma série de festas, que virão anular as tuas orações.

    63. Não te deixes enganar: o teu poder espiritual perante o povo nunca crescerá pela aceitação de tais convites em tais épocas. Se a ocasião é boa para festas, porque o povo está folgado, também é boa para reuniões religiosas, e tua influência deve ser aplicada para atrair o povo à casa de Deus.

    64. Cuida em conhecer pessoalmente e viver diariamente a pessoa de Cristo.

    Capítulo nove do livro  “Uma vida cheia do Espírito“

    Charles G. Finney (1792-1895)
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