Pois lhes vou contar uma história que rende muita ação
Não fique gente amiga espantada,
Se sobre isso você ainda não sabe nada
Pois o fim dela é boa solução.
Foi ainda no céu que um amigo de Miguel,
Belo por criação, repleto de luz e de inteligência
Pôs no entendimento que possuía vasta cultura e ciência;
Não se lembrou que era um entre tantos criados
Mas não menos amado por quem tem toda excelência.
Uma vontade vil no coração passou a desenrolar,
Substituiu a adoração por uma coisa vulgar
Onde no Céu dos céus não há fama;
Queria por força e violência o trono de Deus usurpar;
A vontade invejosa tomou o seu coração,
Chamando a muitos anjos para a guerra
Fez no céu uma boba revolução.
Para realizar plano tão mal afamado
Criou intriga no céu, deixou anjos espantados
Com toda sua peçonha, ficou algum tempo falado.
Toda essa “zuadeira” aos ouvidos do Criador foi parar
Ouvindo de Lúcifer seus sentimentos
De lá o jogou para cá, não para morar com o homem
Mas para mostrá-lo que um homem que teme a Deus
Pode vencê-lo estando em qualquer lugar.
Criando Deus o casal, no paraíso os pôs
Vindo a serpente intrusa tentar enganar os dois
Foi muito bem sucedida, pois do fruto proibido
Ficou o casal escondido quando Deus os visitou depois.
Mas a história triste não ficou inacabada
Chama Deus a serpente e dá logo o seu recado
Da semente da mulher vai nascer um homem de fé
Que vai esmagar tua cabeça, oh desgraçado.
Sai dali Satanás um tanto preocupado;
Quem será esse homem que pelo Criador foi destinado?
Não tendo satanás resposta,
Vira os milênios nas encostas
Com uma enxaqueca desgraçada.
Pois a cada dia filho de mulher nascia
No tártaro se gritava e se dizia
Será se o prometido, oh arruinado?
Com toda essa desconfiança,
O bicho ruim tentou matar a toda criança
Para que o salvador não fosse gerado.
Para não perder a luta, o imundo fez a disputa
Com todos os filhos de mulher
Que ousavam neste mundo viver dignos pela fé
Sem deixar o Caminho impoluta.
Mas não teve jeito,
Quando dos tempos chegou a plenitude,
Deus do Céu que a ninguém ilude
Fez com que o impossível fosse feito;
José que não entendia
Intentou deixar sua mulher Maria,
Deixando-a ele em secreto,
Deixa o anjo o grande Teto
E avisa que a criança é o unigênito salvador
Que vai mostrar ao mundo o ápice do amor.
O menino então crescia em graça e em sabedoria,
O diabo que tolo não é, desconfiou de sua fé,
Tentou como pode, mas por três vezes não conseguiu ficar de pé.
Isso era um primeiro momento,
Para dizer que mesmo sendo de carne e osso e andar no relento
Pode-se derrotar “o Chico viola”
Que aos homens enrola com promessas sem fundamento.
Mas esse homem a cruz foi brutalmente levado,
Muitos acompanharam pelas ruas o cortejo criado
Para humilhar aquele que ao mundo só fez agrado.
Depois de sua morte, ao sepulcro foi levado
Não no que era seu, mas numa rocha emprestada,
Para dizer a todos que daqui não se leva nada.
Depois do terceiro dia, um terremoto abalou
Até mesmo ao demônio no inferno aquilo incomodou
Estava a notícia nas ruas que o Cristo morto outro dia
Da morte ressuscitou.
Satanás desesperado com enxaqueca não sabia o que fazer,
Não havia mais demora do que lhe estava para acontecer.
Mas o Salvador querido, compartilhando o que pelo Senhor foi dito
Disse que não era a hora de sua cabeça pisar.
Ainda havia um espaço de tempo até sua outra vinda
Dando assim a este leitor atento
Muita alegria e contento
De por fim a cabeça do diabo sob seus pés também esmagar.
por Josiel Barros
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