A páscoa é uma festividade judaica (ler
capítulo 12 de Êxodos). A palavra hebraica que traduz “páscoa” é de origem
incerta. Para alguns estudiosos tem o sentido de “passar por cima”, para outros,
o de “manquejar” e outros afirmar que significa “aplacar”. O certo é que ela é
celebrada continuamente pelos judeus; sua data mês de nisã (março-abril), marca
o novo ano do calendário judaico, pois seu sentido histórico é o livramento
direto de Deus para o povo exilado no Egito, sendo assim é uma das principais
comemorações memorativas do povo judeu.
Para se ter uma idéia dessa continuidade
memorial ainda
hoje a família judaica se reúne para o "Seder", que é um
jantar especial, realizado em família e possui duração de oito dias.
Essa festa pascal é celebrada na Igreja Católica
Romana e na Igreja Protestante. Há,
claro, diferença gritantes entre a forma de comemorar a páscoa por esses
grupos. Logo vêm a pergunta: “Quem está com a razão?”
Na tradição pagã é costumeira na Páscoa
a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas.
Embora alguns países mantenham essa tradição secular, a indústria chocolateira
se apropriou da situação e tem feito fortuna com os famosos ovos de chocolate.
A Bíblia não faz referência alguma a esse costume, isso advém de rituais
pagãos. A deusa da fertilidade Ishtar era cultuada na mitologia anglo-saxã,
na mitologia nórdica e mitologia germânica. Ela era adorada na primavera quando coelhos e ovos eram
pintados com os símbolos da fertilidade e da renovação próprios da deusa. De
seus cultos pagãos originou-se a Páscoa que foi absorvida e misturada pelas
comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival
de Ostera no dia 30 de Março. Ostera
significa “a Deusa da Aurora” .
Para a Igreja Romana a páscoa possui uma
data flexível, pode acontecer entre os dias de 22 de março até o dia 24 de
abril. O seu sentido de páscoa é outro. Ela se refere à passagem de Cristo da
morte para a vida. O dia da ressurreição de Jesus é para os adeptos dessa
religião o dia santo mais importante. Algumas considerações: a) como
praticamente tudo da Igreja Católica essa festa come em dois pratos, no prato dos costumes ligados ao período
pascal dos festivais pagãos da primavera, da deusa Ishtar, e no prato da celebração
do Pessach judaico; b) possui um
simbolismo extra-bíblico “criativo”, por exemplo, ovos (significa
começo de vida), coelho (significa fertilidade), sírio pascal (uma vela que se
ascende no sábado de aleluia), girassol (significa buscar a Cristo), colomba
pascal (bolo em formato de pomba, significa a vinda do Espírito Santo), sinos
(significa alegria da ressurreição) etc, etc, etc. c)
Para a Eclésia de Cristo não há manobras
simbolistas e nem influência pagã. A páscoa cristã é para os protestantes o que
de fato ela é. Ela é REDENDIVA. Três considerações são fundamentais: a) Semelhantemente
como para os judeus contemporâneos de Moisés era necessário imolar um cordeiro,
ele fora imolado pelos nossos pecados; diz o apóstolo Paulo “...Cristo, nosso
Cordeiro pascal, foi imolado” (ICo.5:6); b) assim como a páscoa judaica, a família
deveria se alimentar de um cordeiro, “comemos” a carne do Cordeiro de Deus,
Jesus mesmo disse “e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne”,
assim o Cordeiro ilibado falava da nova vida que recebemos pela aceitação de
seu sacrifício, ao tempo que fala de intimidade; c) O símbolo legítimo da
pascal é o cordeiro.
Josiel Barros
0 comentários:
Postar um comentário
Expresse aqui a sua opinião. Seu comentário será publicado após análise de nossos moderadores.