Por procedimentos «maria-vai-com-as-outras» os zeladores da casa de Deus, ingenuamente, seguem os ritos natalinos. Como se fosse uma obrigação, na noite do dia 25 de dezembro, se realiza uma programação especial de natal, com cantatas, peças, jograis e mensagens. Por várias vezes, durante essas apresentações, escutei a piada «hoje é dia do nascimento de Cristo!» entre outras manifestações pro-natal. Destarte, interroga-se: há fundamento bíblico textual ou uma orientação cristã primitiva acerca dessa tradição? Digo: NÃO! Não há efetivamente um mandamento bíblico ou uma instrução da tradição apostólica para que se celebre temerária festividade. O que há é uma tradição genuinamente pagã formalizada pela igreja Romana no IV século d.C
Por questão pedagógica não abarcarei a origem dessa festividade e sua influência na igreja de Roma e sua posterior entrada nas festividades da igreja protestante. Ater-me-ei na data do nascimento de Cristo.
Logo se pergunta: «Cristo nasceu em 25 de dezembro?». Não. Veja-se o texto de 1 Crônicas 24. 1 a 19. Nele apresenta-se a divisão dos filhos de Arão para o serviço sacerdotal, como Nadabe e Abiú morreram sem deixar descendentes, a divisão ficou entre os demais filhos, Eleazar e Itamar. Como os descendentes de Eleazar eram mais que os de Itamar, aqueles foram divididos em dezesseis chefes de família e estes com oito. Somando assim 24 turnos no qual em processo de plantão bi-semanal uma única vez ao ano deveria, o sorteado, oferecer sacrifício pelo povo. No versículo 10 diz que o turno oitavo recaiu sobre Abias, então todos os descendentes desse quando na vez de seu turno deveria está atento para se apresentar aos posto de serviço.
O calendário judaico era elaborado a partir da observação do movimento lunar, no aparecimento da lua cheia, nosso calendário, o gregoriano, é solar o que cria uma diferença de 11 dias entre os calendários, sendo o nosso maior. Outro aspecto que se deve observar é o confronto da disposição dos calendários judeu e gregoriano (conferir calendários abaixo)
«A Bíblia declara quando Cristo nasceu?» Declara! Acertando o ponto, lembrasse que o turno de Abias era o oitavo (1 Cr 24:10)? Pois é, saindo desse período davídico, pouse-se no tempo de Zacarias sacerdote contemporâneo de Herodes, rei da Judeia. Ele era do turno de Abias, isto é, o oitavo e como os turnos eram bi-semanais uma vez por ano, o turno dos da genealogia
de Jeoiaribe era as duas primeiras semanas do mês abibe, em seguida o turno dos da genealogia de Jedaías findava com suas duas semanas o primeiro mês; o segundo mês iniciava, então os descendentes de Harim serviam nas duas primeiras semanas de Liar, para encerrar esse mês, serviam nas duas semanas finais os do turno de Seorim; ao iniciar mês de sivã, os descendentes de Malquias serviam as duas primeiras semanas, as duas últimas semanas do terceiro mês judaico competiam aos da genealogia de Miamim, então chegamos ao quarto mês, tamuz, as suas duas primeiras semanas cabiam aos do turno de Jesua, por conseguinte as duas últimas semanas pertenciam aos descendentes de Abias (e os turnos continuavam até o final do ano judaico). Com isso fica claro que Zacarias estava servindo a Deus no quarto mês, isto é, no mês TAMUZ. Entenda-se que os descendentes da genealogia de Abias eram muitos, então o que se fazia era tirar a sorte entre eles para saber quem ia servir ao Senhor no templo. A sorte caiu sobre Zacarias (Lc 1:5,8,9), homem íntegro, casado e incompleto por não poder gerar filho, além de ser velho, sua esposa era estéril. Mas quando oferecia incenso, Gabriel, anjo de Deus, apareceu-lhe próximo ao altar, fazendo-lhe a promessa de um filho. Ao terminar as duas semanas de serviço no templo, ele volta a sua casa (Lc 1:23), o que inicia o primeiro turno do quinto mês. O mesmo mensageiro, vai a cidadezinha de Nazaré, na Judéia, e entrega a mensagem do nascimento do Deus conosco (Is 7:14), no versículo 36 do capítulo 1 de Lucas diz “Eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e este é o sexto mês...”, ora desde a saída de Zacarias do templo, que ocorreu no findar de tamuz até seis meses depois, chega-se ao décimo mês, ao tebete. Esse foi o tempo de ovulação do feto, isto é, foi o tempo da concepção de Cristo, durante a visita de Gabriel, ainda no mês tebete. Então a partir daí é só contar os nove meses de uma gravidez. Do mês tebete até ao nono mês chega-se a etanim que corresponde ao final de setembro e ao início de outubro. Eis o período mais rigorosamente provável da data do nascimento de Cristo.
E ainda, dezembro é inverno no Oriente Médio, pastores não estariam, em hipótese alguma, com seus rebanhos no campo (Lc. 2:8).
Por questão pedagógica não abarcarei a origem dessa festividade e sua influência na igreja de Roma e sua posterior entrada nas festividades da igreja protestante. Ater-me-ei na data do nascimento de Cristo.
Logo se pergunta: «Cristo nasceu em 25 de dezembro?». Não. Veja-se o texto de 1 Crônicas 24. 1 a 19. Nele apresenta-se a divisão dos filhos de Arão para o serviço sacerdotal, como Nadabe e Abiú morreram sem deixar descendentes, a divisão ficou entre os demais filhos, Eleazar e Itamar. Como os descendentes de Eleazar eram mais que os de Itamar, aqueles foram divididos em dezesseis chefes de família e estes com oito. Somando assim 24 turnos no qual em processo de plantão bi-semanal uma única vez ao ano deveria, o sorteado, oferecer sacrifício pelo povo. No versículo 10 diz que o turno oitavo recaiu sobre Abias, então todos os descendentes desse quando na vez de seu turno deveria está atento para se apresentar aos posto de serviço.
O calendário judaico era elaborado a partir da observação do movimento lunar, no aparecimento da lua cheia, nosso calendário, o gregoriano, é solar o que cria uma diferença de 11 dias entre os calendários, sendo o nosso maior. Outro aspecto que se deve observar é o confronto da disposição dos calendários judeu e gregoriano (conferir calendários abaixo)
«A Bíblia declara quando Cristo nasceu?» Declara! Acertando o ponto, lembrasse que o turno de Abias era o oitavo (1 Cr 24:10)? Pois é, saindo desse período davídico, pouse-se no tempo de Zacarias sacerdote contemporâneo de Herodes, rei da Judeia. Ele era do turno de Abias, isto é, o oitavo e como os turnos eram bi-semanais uma vez por ano, o turno dos da genealogia
de Jeoiaribe era as duas primeiras semanas do mês abibe, em seguida o turno dos da genealogia de Jedaías findava com suas duas semanas o primeiro mês; o segundo mês iniciava, então os descendentes de Harim serviam nas duas primeiras semanas de Liar, para encerrar esse mês, serviam nas duas semanas finais os do turno de Seorim; ao iniciar mês de sivã, os descendentes de Malquias serviam as duas primeiras semanas, as duas últimas semanas do terceiro mês judaico competiam aos da genealogia de Miamim, então chegamos ao quarto mês, tamuz, as suas duas primeiras semanas cabiam aos do turno de Jesua, por conseguinte as duas últimas semanas pertenciam aos descendentes de Abias (e os turnos continuavam até o final do ano judaico). Com isso fica claro que Zacarias estava servindo a Deus no quarto mês, isto é, no mês TAMUZ. Entenda-se que os descendentes da genealogia de Abias eram muitos, então o que se fazia era tirar a sorte entre eles para saber quem ia servir ao Senhor no templo. A sorte caiu sobre Zacarias (Lc 1:5,8,9), homem íntegro, casado e incompleto por não poder gerar filho, além de ser velho, sua esposa era estéril. Mas quando oferecia incenso, Gabriel, anjo de Deus, apareceu-lhe próximo ao altar, fazendo-lhe a promessa de um filho. Ao terminar as duas semanas de serviço no templo, ele volta a sua casa (Lc 1:23), o que inicia o primeiro turno do quinto mês. O mesmo mensageiro, vai a cidadezinha de Nazaré, na Judéia, e entrega a mensagem do nascimento do Deus conosco (Is 7:14), no versículo 36 do capítulo 1 de Lucas diz “Eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e este é o sexto mês...”, ora desde a saída de Zacarias do templo, que ocorreu no findar de tamuz até seis meses depois, chega-se ao décimo mês, ao tebete. Esse foi o tempo de ovulação do feto, isto é, foi o tempo da concepção de Cristo, durante a visita de Gabriel, ainda no mês tebete. Então a partir daí é só contar os nove meses de uma gravidez. Do mês tebete até ao nono mês chega-se a etanim que corresponde ao final de setembro e ao início de outubro. Eis o período mais rigorosamente provável da data do nascimento de Cristo.
E ainda, dezembro é inverno no Oriente Médio, pastores não estariam, em hipótese alguma, com seus rebanhos no campo (Lc. 2:8).
Josiel Barros
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Meses do calendário judaico
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Meses do calendário gregoriano
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Referências bíblicas
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1º Abibe ou nisã |
Março/abril
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Ex. 12:1,2; 13: 3,4; Et 3:7
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2º Liar ou zive
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Abril/maio
|
1 Re 3:1
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3º Sivã
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Maio/junho
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Est 8:9
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4º Tamuz
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Junho/julho
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Jr 39:2
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5º Abe
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Julho/agosto
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Nm 33:38
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6º Elul
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Agosto/setembro
|
Ne 6:15
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7º Tisri ou etanim
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Setembro/outubro
|
1Rs 8:2
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8º Maresvã ou bul
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Outubro/novembro
|
1Rs 6:38
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9º Quisleu
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Novembro/dezembro
|
Ed 10:9
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10º
Tebete
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Dezembro/janeiro
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Et 2:16
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11º
Sebate
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Janeiro/fevereiro
|
Zc 1:7
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12º
Adar
|
Fevereiro/março
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Et 3:7
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Fonte:
Bíblia de Estudo Pentecostal
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