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    sábado, 4 de fevereiro de 2012

    Criacionismo nas escolas pode ser tendência

    Os defensores do criacionismo estão agindo para difundir seus preceitos. Nos EUA, às vésperas do 203º aniversário de nascimento de Charles Darwin, parlamentares estão tomando medidas para limitar o ensino da teoria da evolução em escolas públicas.

    Enquanto o criacionismo defende que o mundo foi criado por uma força sobrenatural, associada pelos religiosos a Deus, a teoria darwinista defende que as espécies foram evoluindo por meio da seleção natural.
    Esse processo significa que os mais fortes sobrevivem e com a combinação de seus genes geram filhos mais fortes. Assim, cada geração é mais forte que a anterior, e os fracos da espécie são extintos. Muitos ligam o ensino deste pensamento a conceitos de ateísmo, segundo o Urban Christian News.

    O norte-americano republicano Jerry Bergevin, por exemplo, associa o ensino da teoria da evolução às atrocidades de Hitler e à falta de respeito aos direitos humanos em países como a União Soviética, Cuba, os nazistas e a China atual.

    Segundo sua declaração à publicaçãoConcord Monitor, a ideia evolucionista “é uma visão mundo que não contempla Deus. O ateísmo tem sido tentado em várias sociedades e tem induzido a crimes de desrespeito aos direitos dos cidadãos”.

    Diversas organizações de ateus vêm pedindo a retirada dos projetos de lei contra o evolucionismo. David Silverman, presidente da organização American Atheists (Ateus Americanos, em tradução livre ao português), tem chamado os defensores do criacionismo de “fanático, ignorante e até irritante”.

    No Brasil

    No território brasileiro, onde o evolucionismo é ensinado em larga escala nas escolas, o criacionismo já está crescendo e ocupando um espaço maior nos livros didáticos.

    Essa é a opinião do professor de Novo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, reverendo Augustus Nicodemus.

    De acordo com entrevista concedida por ele ao site Origem e Destino, “as igrejas precisam promover mais encontros e eventos para debater o assunto e dissipar os mitos em torno tanto do evolucionismo quanto do criacionismo”.

    Para o reverendo, os jovens cristãos muitas vezes não têm fundamentos sólidos para responder aos ataques de ateus e evolucionistas nas salas de aula e principalmente nas universidades.“Não é de admirar que muitos jovens evangélicos percam a fé quando entram na universidade, onde são confrontados com uma visão de mundo evolucionista, naturalista e ateia”, diz.

    Um dos poucos argumentos que unem fé e ciência é a teoria do “design inteligente”, que afirma a existência de uma ‘mente inteligente’ por trás de cada aspecto da vida, particularmente nas informações contidas nas moléculas de DNA das células.

    Baseado em sua experiência pessoal, Nicodemus afirma que o fato de saber que é um ser humano criado à imagem do Criador do universo, faz toda a diferença.

    “Entre outras coisas me traz uma base epistemológica para apreciar e defender os valores como o amor ao próximo, a misericórdia e o perdão, a bondade, a busca da paz e da justiça e da defesa da vida humana e do meio ambiente”, conclui o estudioso.
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