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    segunda-feira, 2 de agosto de 2010

    A história da Assembléia de Deus em Parnaíba - III

    Nessa  pauta mostraremos sobre os primeiros dizimistas, sobre o que a igreja possuia e sobre um segundo "Davi" -  João Alves.
    Oficialmente os primeiros dizimistas desta igreja entregaram suas ofertas em janeiro de 1940. Eles estão registrados em numa ata de Santa Ceia do referido ano na seguinte seqüência: José Reinaldo, Erculano M. Conceição, Isabel Lopes da Silva, Francisco P. Lima, Maria P. Barros, Tolentina Siqueira e Pedro Gomes de Araújo.
    O pastor João Arlindo fez um bom trabalho administrativo, contudo o seu tempo de atuação aqui havia passado sendo substituído pela administração do João Gualberto Alves que, consoante suas palavras numa ata, assumiu no período de disseminação da Segunda Guerra: “Assumi o pastorado desta igreja em 14 de agosto de 1941”.                                                            
    Uma das primeiras atividades desenvolvida por ele foi fazer o arrolamento de todos os materiais pertencentes à igreja. A relação de objetos data do mesmo tempo em que o pastor recebeu a igreja. O patrimônio era: uma mesa com armário, uma tribuna (púlpito) com toalha, um estandarte, duas toalhas para a Santa Ceia, um porta cálice com dezoito peças, um livro caixa, um livro para estatística, duas capas para batismo, um aparelho de carboreto, um cabide de madeira, um relógio despertador, dois pendentes com bocal e lâmpada, dois tamboretes, dez bancos de madeira, um jarro de vidro e três cadeiras de madeira.

    Nesse período houve um grande crescimento da obra do Senhor. Várias pessoas aceitaram a fé, foram batizadas nas águas, e no Espírito Santo. Para que houvesse crentes mais cônscios de suas responsabilidades cristãs, o pastor João Alves estabeleceu, aqui, a Escola Bíblica Dominical, segundo pesquisas, provavelmente no dia 03 de Agosto de 1941, sendo que o primeiro valor da coleta na escola foi de 2.100 reis. Os participantes da aula era um grupo de aproximadamente vinte cinco pessoas. 

    Com toda essa empolgação o Diabo estava irado, pois a cada dia mais pessoas se reconciliavam com o SENHOR, mediante seu filho, Jesus Cristo. Então, a perseguição foi vista como um instrumento para fazer com que a obra cessasse. A igreja em Magalhães de Almeida (MA) na década de 40 passava por uma hedionda perseguição promovida pelo padre Nestor e o coronel Manoel Pires de Castro, o qual era chefe político do referido povoado e juiz na cidade de Brejo (MA). Eles efetuaram a prisão dos seguintes irmãos: Pedro Franco, Pedoca, Antonio Prado, Raimundo Pereira, Bernardo Gomes e o evangelista Raimundo Leal, sob a grotesca acusação de serem comunistas. Estes, para eles, eram líderes ideológicos, se os prendessem, o rebanho se desfaria. Porém, eles não sabiam quem verdadeiramente era o Sumo - Pastor, em virtude disso, praticaram essa asneira. Os santos permaneceram encarcerados durante seis dias.

    Segundo a irmã Bernarda Araújo (conhecida como irmã Bernardina) em cujo tempo era nova convertida, e o irmão João Ferreira – um arauto do evangelho naquela localidade, enquanto os irmãos estavam presos (na prisão eles verdadeiramente cantavam e oravam) a  pequena  igreja realizava  cultos  de oração  nas casas  e, durante o culto, pessoas católicas romanas entravam pela porta da cozinha para aceitar o Evangelho, pois se fossem vistas entrando na casa onde estava se realizando os cultos eram desprezadas. Certa ocasião num culto em uma casa foi apedrejada e o irmão João Ferreira e sua esposa tiveram que sair de dentro da casa.

    Foi nesse contexto histórico-espiritual que o pastor João Alves saía desta cidade para ir, por diversas vezes, pregar em Magalhães. Certa vez, ao meio-dia, estava entrando numa canoa para retornar à Parnaíba quando um grupo de soldados apontou armas ao pastor e deu ordem de prisão. Sob a mesma alegação – comunista, ideologista, gente da esquerda. É porque eles não sabiam que o nobre missionário era da Direita, “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus” (Atos 7. 56). Não demorou muito, logo foi solto.

    Em relação ao coronel Pires, no momento de sua velhice, o desprezo e a humilhação feito por seus próprios amigos o tornaram amargurado até a sua morte. O padre Nestor, por não pagar uma dívida de sua paróquia a um cabo da Polícia Militar, foi executado. O soldado, com um revolver, deu fim à vida, de quem durante a sua existência tentou finalizar a obra do Eterno Espírito Santo, instigando a população a apedrejar, surrar, humilhar e encarcerar os santos.

     Por Josiel Barros
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