728 x 90

  • Veja Também

    terça-feira, 3 de maio de 2011

    Historiador do ministério Portas Abertas comenta morte de Bin Laden

    Nesta segunda-feira 2 de maio de 2011 todos os noticiários do mundo anunciam a morte do terrorista saudita Osama Bin Laden. Após assumir a autoria nos atentados às torres gêmeas em setembro de 2001, Bin Laden passou a ser incansavelmente procurado pelos EUA e seus parceiros políticos. De fato essa é uma notícia muito animadora para aqueles que são contra qualquer tipo de terrorismo, mas algumas perguntas devem ser feitas diante da suposta morte do líder da Al Qaeda: A quem interessa a morte de Bin Laden? Qual é o impacto de uma noticia de tal porte para a política e economia norte-americana e mundial?


    Todos nós sabemos da baixa popularidade de Barack Obama (há pouco mais de um ano das eleições presidenciais), a péssima imagem dos EUA no mundo árabe e a alta no preço do petróleo gerada pela instabilidade política nos países árabes. São fatores preocupantes para quem aspira ocupar por mais quatro anos a cadeira de presidente dos EUA.

    Obama assumiu o poder em 2009 com a responsabilidade de corrigir erros cometidos por seu antecessor Jorge W. Bush, recuperar a economia do país e dar continuidade à política antiterrorista adotada pelo governo americano desde 2001. Destes, apenas o segundo objetivo foi até certo ponto alcançado.

    Uma coisa é fato: após o anúncio da suposta morte de Bin Laden as bolsas econômicas tiveram um aumento súbito, o preço do petróleo caiu drasticamente e a possibilidade de novos investimentos serem feitos nos EUA aumentaram, já que o medo de novos ataques era um fator que dificultava novos investimentos no país.

    Muitos devem se perguntar: será mesmo que Bin Laden está morto? No entanto, o que devemos observar é: até que ponto essa ocorrência coincidentemente estratégica  favorecerá um dado partido político e uma certa elite econômica?

    Fim do terrorismo?

    Ao contrário do que muitos pensam a morte de Bin Laden não significa o fim do terrorismo, não era o Osama que  sustentava a Al Qaeda, mas a guerra contra aquilo que eles consideram o “grande satã”, os Estados Unidos da América, considerados culpados por todos os males causados ao mundo árabe.

    Nem é preciso esperar para saber se Osama de fato está morto, mas o fato é que a notícia já está trazendo grandes benefícios aos nossos vizinhos do norte.

    O que tudo isso tem a ver com a Igreja Perseguida?


    Desde que os EUA enviaram suas tropas para Afeganistão, Iraque e áreas do Paquistão com o propósito de combater o terrorismo e capturar Osama Bin Laden, a pressão sobre os cristãos destes países aumentou drasticamente.

    O Afeganistão em 2001 era o 3º na lista de Classificação por Perseguição da Portas Abertas, e esperava-se que com a chegada dos americanos a situação da igreja melhorasse, mas hoje o país continua em terceiro e sua posição pouco oscilou nos últimos 10 anos.

    O Iraque era em 2001 o 35º país na lista e pulou para 8º em 2011, o que demonstra que de fato a situação da igreja iraquiana piorou bastante desde a invasão norte-americana, principalmente nas cidades de Bagdá e Mosul onde os atentados contra igrejas e casas de cristãos são constantes.

    Já o Paquistão em dez anos pulou de 18º para 11º muitos cristãos influentes na política paquistanesa perderam suas vidas ao lutarem por leis mais justas para os cristãos e outras minorias, um exemplo disso é o ex-ministro paquistanês Shahbaz Bhatti assassinado pelo Talibã no inicio do ano.

    Todos nós sabemos que os interesses dos EUA nestes países vão além da luta contra o terror, são interesses estratégicos, políticos, militares e econômicos na região, tanto que dois dos três países citados acima (Iraque e Afeganistão) têm presidentes indicados pelos EUA e o terceiro (Paquistão) é parceiro político-militar dos EUA há alguns anos.

    Assim como as investidas militares dos EUA em nada melhorou a situação da Igreja nestes países ou diminuiu o terrorismo, tampouco a suposta morte de Bin Laden o fará.

    Marcelo Peixoto
    Historiador da Portas Abertas Brasil

    Fonte: Portas Abertas
    • Blogger Comentários
    • Facebook Comentários

    0 comentários:

    Postar um comentário

    Expresse aqui a sua opinião. Seu comentário será publicado após análise de nossos moderadores.

    Item Reviewed: Historiador do ministério Portas Abertas comenta morte de Bin Laden Rating: 5 Reviewed By: Unknown
    Voltar para o Topo