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Outro dia passando pela rua
Desprezada, sem força, só
Humilhada e com olhos no pó
Encontrei uma criança nua.
Outro dia andando pelo centro
Faminto, feito animal sem destino
Sobre a lixeira, asmático
Encontrei um pobre menino
Outro dia caminhando pela prisão
Com boca amarga
Com olhos baixos
Na fétida lama
Encontrei um homem em vão
Por eles passei,
Por eles andei,
Por eles caminhei,
Tão somente.
25.40 de Mateus
Os olhos daquela criança,
Os olhos daquele menino,
Os olhos daquele homem,
Os matei há 25 minutos e 40 segundos.
Mas quando os matei?
Quando não vesti a meu Mestre
Quando não alimentei meu Senhor
Quando não O visitei na prisão
Não fui capaz de dar amor.
“Quando a eles fizerem
A mim se fará”.
Não fiz a eles, não fiz a ti
Mas com oração sincera
Te peço o dom de Amar.
Josiel Barros
O poema está muito bonito, possui boa estrutura linguística. Parabéns pelo texto.
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