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    quarta-feira, 28 de julho de 2010

    Onde está a vitória da morte?

    Uma oração sangrenta, um beijo pálido, uma quarentena menos uma, uns espinhos grossos fincados na cabeça, a longa via com a haste da cruz, os pregos de aproximados quinze centímetros, a indiferença, o escárnio, o abandono, e o levante.

    Durante milênios no mundo, paira uma vontade de vencermos a morte, haja vista ser o maior inimigo do ser humano, mas como vencê-la? Não transcendemos nem muito menos conseguimos consubstanciá-la; há uma lei déspota da qual não podemos infringir; transcendente luta contra transcendente, matéria contra matéria.
    Quem não pranteia ao ver o filho, a filha, o esposo, a esposa, a mãe, o pai que se foram e não mais regressarão? Nesses momentos, só quem já teve o infortúnio sabe dizer que havia um desejo de insurreição contra a morte exprimida e dolorosa no coração. Uma dor fatigosa e desesperadora era o motivo da rebeldia que paulatina vai cedendo, pois não há maneiras de atingi-la. A morte é inatingível, posto que nossas armas são concretas demais para combatemo-la.

    Como sabemos do desejo humano, voltemos à cruz.

    Por algum tempo me perguntava por qual razão Jesus morreu antes dos outros dois crucificados? Estaria tão fragilizado, ou seria mais mortiço que os outros? Só então me veio a resposta, sempre esteve nas Páginas Sagradas, somente eu não a via. Vejamos como exemplo: Ele ressuscitou a Lázaro, corpo putrefato comido por microorganismo; parou e desfez o enterro do filho da viúva na cidade de Naim. Como se vê Jesus nunca gostou da morte, e ele tinha como atingi-la. Caso os acompanhantes na crucificação tivessem morrido antes de Cristo, eles seriam ressuscitados e Cristo não queria isso para aquele momento que primava por algo mais importante, a salvação eterna de todos os que crêem.

    Alguém pode estar se perguntando. Se Cristo deveras não suportava a morte e se tinha o poder de tomar alguém de suas garras, por que então ele próprio foi vencido por ela? E quem disse que a morte obteve vitória sobre Jesus? No universo, existe o princípio da culpabilidade, “pelo que como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram“ (Rm 5. 12) o ser só padece a pena se for um réu. O justo não tem o mesmo fim do injusto, Ele jamais poderia ser vencido como os demais pela morte, nunca pecou. No monte Caveira, clamou Jesus com grande voz “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito. E havendo dito isto expirou” (Lc. 23. 46). Como estar escrito não foi a morte que tirou a vida do Emanuel, antes foi ele quem a entregou. E tanto é verdade a vitória de Cristo sobre a morte que ressuscitou e disse ao apóstolo João “Tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap. 1. 18).

    Depois desta hercúlea conquista o apóstolo dos gentios passa a zombar da morte, “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” Ele estava dizendo que os homens, todos, foram vencidos pela morte, mas aquele Homem deu fim ao arsenal vitorioso da morte. Sua arrogância foi suplantada por aquele Justo. Onde está a vitória da morte? Em lugar algum. Ele venceu por nós.

    Por: Josiel Barros
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